Alô Americanos
Postagem especial em comemoração aos 14 anos do jogo da
minha vida.
Não poderia deixar passar uma crônica dessa né?
Dia 22 de julho de 1999 o dia começou a mil, a maior
adrenalina afinal era a minha primeira final com o América.
E o dia nasceu com o tempo fechado um pouco de garoa mas
nada deixava de me animar.
Aqueles dias São José do Rio Preto respirava e vivia o
América.
11 da matina e começa o programa da manhã de esportes que
escutava na Centro América o repórter Machado Fernandez já estava a postos no
hotel que o América estava. Era um hotel em Tanabi de onde sempre vinha o
ônibus e os torcedores vinham em uma linda carreata rumo ao Teixeirão.
Fim do programa começa o SPTV na antiga TV Progresso e o
tema qual era? América Futebol Clube. Foi o programa inteiro falando da
expectativa da grande final, o primeiro jogo empatamos em Campinas com a Ponte
Preta por 0 a 0. Era apenas mais um empate para sermos campeões.
Eu na maior adrenalina com o jogo e minha vizinha me convida
aquela tarde para assistirmos um filme no cinema no shopping, eu ela e minha
irmã. Juro que nem lembro que filme era pois não conseguia esquecer o jogo.
Eu queria logo é ir pro estádio!!!
Voltamos para casa e tomei aquele banho, me vesti todo de
vermelho e esperei meu tio para irmos ao Teixeirão.
Paramos logicamente naquele nosso “bate-local” sempre que
meu tio estacionava ali o América não perdia.
Chegamos lá cedo 7 da noite e já tava bem cheio, em uma hora
o estádio estava completamente lotado.
Não ah palavras para descrever a torcida aquela noite.
Parecia que toda a cidade e região estavam dentro do Teixeirão. Nem em jogos de
time grande lotou daquela forma.
A bandeira que tínhamos rodou de mão em mão o estádio inteiro,
era de lado de ponta cabeça enfim foi um espetáculo.
Chegou a hora do combate, do jogo da minha vida e a festa que
foi feita foi linda, coisa de arrepiar. Fogos por todos os lados e dentro do
campo uma fileira deles até uma imagem de Jesus no centro do gramado. Foi lindo
demais.
Mas tínhamos a Ponte Preta pela frente e não era qualquer
time.
Tinha o goleiro Alexandre Favaro, tinha Paulão de zagueiro o novato Fábio Luciano, Mineiro de
volante , o sempre bom Vander no meio e um atacante rápido novato, um tal de
Fabiano que anos depois virou o Luis Fabiano.
Nessa hora já não me sentia mais a adrenalina já tinha
tomado o meu corpo de uma forma tão grande. A bola começou a rolar e como foi
sofrido, foram uns 10 minutos de puro nervosismo mas de muita alegria. Olas na
galera a torcida cantando e literalmente balançando o Teixeirão.
O primeiro tempo não teve muitas emoções exceto um pênalti claro
em cima do Roberto Carlos. Não marcado pelo juiz. Um absurdo.
Os times foram ao intervalo, foi quando tivemos um pouco de
sossego pra tomar um ar. Tenho a impressão que aqueles foram os 15 minutos de
intervalo mais longo de minha vida. O tempo não passava.
Enfim os times vieram a campo e o futebol melhorou,
principalmente da Ponte. Depois de 3 jogadas de linha de fundo Julinho de
cabeça sozinho fez o gol da Ponte.
Foi um balde de água na cabeça Ponte 1 x 0 América.
Foram 7 minutos de agonia, que passou todo o campeonato da
a2 na minha cabeça, que tínhamos jogado o fino da bola contra times que anos
mais a frente seriam vencedores como o São Caetano, Santo André a própria Ponte
que tínhamos vencido na 1 fase em Campinas.
Mas seguia aquela esperança pois vi o time reagir muitas
vezes principalmente na fase final.
Agora vem uma jogada na cabeça, 14 anos se passaram e ela
continua intacta.
O Mineiro caiu pelo lado direito em uma dividida com o
jogador do América a bola saiu para escanteio. O Mineiro começou a fazer cera,
quando o lateral Paulo Cesar que fez um campeonato fraquinho o pegou colocou na
maca e tirou do campo.
O mesmo Paulo Cesar bateu a bola o escanteio perto da meia
lua da grande área e estava lá Zambiasi. Ele cabeceou com o a ponta da cabeça e
a bola foi pro gol. Em uma indecisão do
goleiro Alexandre e o zagueiro Fabio Luciano a bola entrou.
A partir daí não vi mais nada vi o gol mas não vi
comemoração sai abraçando quem via na minha frente e as lágrimas começaram a
rolar. Sabe aquele filme que contei, voltou a passar na cabeça e me senti a
pessoa mais feliz de toda a terra, em ver aquele time maravilhoso com aquela
campanha fantástica.
O jogo precisava acabar e bola pro Marcinho que começou
fazer aquela correria de sempre.
O Teixeirão pulsava ao som de é Campeão.
O jogo terminou e começou a maior festa em campo, jogadores
dando a famosa volta olímpica torcedores se abraçando, foi um campeonato muito
difícil com um acesso ganhado na raça e o título também. Na raça de Zambiasi ,Jean
Elias e Reginaldo. No esforço de Gilson, Guilherme e Luis Carlos. Na genialidade
de Fumagalli, Marcinho e Luiz Fernando. Na frieza do Roberto Carlos e no amor
do capitão América o nosso eterno goleiro Sergio.
Um brinde aos campeões de 1999.
22 de julho de 1999 ainda tenho impressão que o dia mais
feliz da minha vida ainda não acabou!

Nenhum comentário:
Postar um comentário