terça-feira, 23 de julho de 2013

O dia mais feliz da minha vida!

Alô Americanos
Postagem especial em comemoração aos 14 anos do jogo da minha vida.
Não poderia deixar passar uma crônica dessa né?
Dia 22 de julho de 1999 o dia começou a mil, a maior adrenalina afinal era a minha primeira final com o América.
E o dia nasceu com o tempo fechado um pouco de garoa mas nada deixava de me animar.
Aqueles dias São José do Rio Preto respirava e vivia o América.
11 da matina e começa o programa da manhã de esportes que escutava na Centro América o repórter Machado Fernandez já estava a postos no hotel que o América estava. Era um hotel em Tanabi de onde sempre vinha o ônibus e os torcedores vinham em uma linda carreata  rumo ao Teixeirão.
Fim do programa começa o SPTV na antiga TV Progresso e o tema qual era? América Futebol Clube. Foi o programa inteiro falando da expectativa da grande final, o primeiro jogo empatamos em Campinas com a Ponte Preta por 0 a 0. Era apenas mais um empate para sermos campeões.
Eu na maior adrenalina com o jogo e minha vizinha me convida aquela tarde para assistirmos um filme no cinema no shopping, eu ela e minha irmã. Juro que nem lembro que filme era pois não conseguia esquecer o jogo.
Eu queria logo é ir pro estádio!!!
Voltamos para casa e tomei aquele banho, me vesti todo de vermelho e esperei meu tio para irmos ao Teixeirão.
Paramos logicamente naquele nosso “bate-local” sempre que meu tio estacionava ali o América não perdia.
Chegamos lá cedo 7 da noite e já tava bem cheio, em uma hora o estádio estava completamente lotado.
Não ah palavras para descrever a torcida aquela noite. Parecia que toda a cidade e região estavam dentro do Teixeirão. Nem em jogos de time grande lotou daquela forma.
A bandeira que tínhamos rodou de mão em mão o estádio inteiro, era de lado de ponta cabeça enfim foi um espetáculo.
Chegou a hora do combate, do jogo da minha vida e a festa que foi feita foi linda, coisa de arrepiar. Fogos por todos os lados e dentro do campo uma fileira deles até uma imagem de Jesus no centro do gramado. Foi lindo demais.
Mas tínhamos a Ponte Preta pela frente e não era qualquer time.
Tinha o goleiro Alexandre Favaro, tinha Paulão  de zagueiro o novato Fábio Luciano, Mineiro de volante , o sempre bom Vander no meio e um atacante rápido novato, um tal de Fabiano que anos depois virou o Luis Fabiano.
Nessa hora já não me sentia mais a adrenalina já tinha tomado o meu corpo de uma forma tão grande. A bola começou a rolar e como foi sofrido, foram uns 10 minutos de puro nervosismo mas de muita alegria. Olas na galera a torcida cantando e literalmente balançando o Teixeirão.
O primeiro tempo não teve muitas emoções exceto um pênalti claro em cima do Roberto Carlos. Não marcado pelo juiz. Um absurdo.
Os times foram ao intervalo, foi quando tivemos um pouco de sossego pra tomar um ar. Tenho a impressão que aqueles foram os 15 minutos de intervalo mais longo de minha vida. O tempo não passava.
Enfim os times vieram a campo e o futebol melhorou, principalmente da Ponte. Depois de 3 jogadas de linha de fundo Julinho de cabeça sozinho fez o gol da Ponte.
Foi um balde de água na cabeça Ponte 1 x 0 América.
Foram 7 minutos de agonia, que passou todo o campeonato da a2 na minha cabeça, que tínhamos jogado o fino da bola contra times que anos mais a frente seriam vencedores como o São Caetano, Santo André a própria Ponte que tínhamos vencido na 1 fase em Campinas.
Mas seguia aquela esperança pois vi o time reagir muitas vezes principalmente na fase final.
Agora vem uma jogada na cabeça, 14 anos se passaram e ela continua intacta.
O Mineiro caiu pelo lado direito em uma dividida com o jogador do América a bola saiu para escanteio. O Mineiro começou a fazer cera, quando o lateral Paulo Cesar que fez um campeonato fraquinho o pegou colocou na maca e tirou do campo.
O mesmo Paulo Cesar bateu a bola o escanteio perto da meia lua da grande área e estava lá Zambiasi. Ele cabeceou com o a ponta da cabeça e a bola foi pro gol.  Em uma indecisão do goleiro Alexandre e o zagueiro Fabio Luciano a bola entrou.
A partir daí não vi mais nada vi o gol mas não vi comemoração sai abraçando quem via na minha frente e as lágrimas começaram a rolar. Sabe aquele filme que contei, voltou a passar na cabeça e me senti a pessoa mais feliz de toda a terra, em ver aquele time maravilhoso com aquela campanha fantástica.
O jogo precisava acabar e bola pro Marcinho que começou fazer aquela correria de sempre.
O Teixeirão pulsava ao som de é Campeão.
O jogo terminou e começou a maior festa em campo, jogadores dando a famosa volta olímpica torcedores se abraçando, foi um campeonato muito difícil com um acesso ganhado na raça e o título também. Na raça de Zambiasi ,Jean Elias e Reginaldo. No esforço de Gilson, Guilherme e Luis Carlos. Na genialidade de Fumagalli, Marcinho e Luiz Fernando. Na frieza do Roberto Carlos e no amor do capitão América o nosso eterno goleiro Sergio.
Um brinde aos campeões de 1999.

22 de julho de 1999 ainda tenho impressão que o dia mais feliz da minha vida ainda não acabou!



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