segunda-feira, 22 de julho de 2013

Uma grande vitória com gosto de título.

Fala galera Americana!
Venho primeiramente agradecer a todos que veem  visualizando esse meu blog sobre histórias do nosso Mecão.
Hoje vou contar uma, é um dos meus jogos preferidos, que quando vencemos foi um título para o América .
O Jogo é América x Corinthians em 2004.
Antes que alguém venha falar, ah mas você torce pelo Corinthians. Sim também torço mas não é sequer 1% do mesmo amor que sinto pelo América. Alias trocaria todos os  campeonatos que o time venceu esses últimos anos só pra ver nosso Rubro na elite.
Enfim o campeonato começou arrasador , tenho ele nesta postagem  http://sempreamerica.blogspot.com.br/2013/05/uma-estreia-arrasadora-com-uma-profecia.html
O América foi derrotado aquele ano pelo São Paulo no Teixeirão com 2 gols do Luis Fabiano e chegou a penúltima rodada com 8 pontos, junto com o Corinthians.
Esse jogo era delicado, quem perdesse estaria lutando na ultima rodada pelo rebaixamento no grupo.
Lógico que o Corinthians e sua torcida jamais pensariam isso e sequer cogitavam essa hipótese.
E minha raiva pelo Corinthians vinha de muito tempo. Afinal de contas eu nunca tinha visto o Mecão ganhar deles. Inclusive um ano antes, fomos derrotados por eles no Teixeirão por 3 a 2 com um caminhão perdido de gols pelo Jales. Aquele dia perdemos a classificação para as quartas de final, o time era muito bom, mas falhou feio aquele dia.
O América não vencia o Corinthians desde 1984 foi uma vitória por 1 a 0  no Pacaembu e o Rubro tinha acabo de quebrar uma sequência de 15 jogos sem vencer o Corinthians.
20 anos se passaram por está vitória.
Bom eu estava confiante aquela tarde de domingo, foi meu primeiro clássico sem ninguém em minha companhia. Afinal de contas aquele ano  o ingresso do Paulistão tinha subido 100% e estávamos pagando na época 20 reais a inteira. Em 2004 esse preço era um absurdo.
Meu tio me levou de carro e combinamos depois de nos encontrarmos na avenida Nossa Senhora da Paz na hora de ir embora.
Cheguei ao estádio com minha camisa do Mecão e aquele monte de Gaviões, torcida essa que eu odeio com todas as minhas forças. A nossa torcida não perdoou antes do jogo ao som de “Puta que legal a Gaviões se fudeu no Carnaval” a torcida tinha acabado de ser rebaixado no carnaval.
 Mas fui lá paguei meus R$ 10,00  e subi a rampa para entrar no estádio. Detalhe, eu fui na maior cara de pau pois só tinha essa grana, sorte que a mulher que estava vendendo ingressos era do América e viu minha cara de cachorro que caiu da mudança.
Sentei no meio da arquibancada no meio do sol, e o dia tava quente como sempre. Fábio Costa veio se aquecer no gramado e a torcida o ovacionava, enquanto nosso goleiro Gustavo era pouco observado.
Os times vieram a campo e ai veio a primeira surpresa, o América jogando de branco. Os torcedores tradicionalistas ficaram loucos, onde se viu jogar com a camisa reserva, mas isso obrigava o Corinthians a jogar de preto. Vamos combinar o calor de Rio Preto é um inferno.
Times em campo logo percebi um monte de Corinthians infiltrados no meio da torcida, na minha frente tinha uma mãe com dois adolescentes um deles com a camisa do Corinthians. Esse me deixou maluco, mas como estava sozinho resolvi ficar quieto.
Roberval Davino armou uma arapuca para o Corinthians, 3 volantes e 3 zagueiros incluindo o eterno Lau e a volta do Lairson artilheiro do time no Campeonato.
Já Osvaldo de Oliveira resolveu mudar o time, colocando Rincón e Gil na armação e na frente Jô hoje do Atlético MG e Bobô;
Jogo foi bem pegado, o América com seu esquema pouco atacava e o Corinthians com um time péssimo em campo. Fim do primeiro tempo, tive que escutar o Sr Fábio Costa, aquele frangueiro reclamar do gramado do Teixeirão. Que de fato não estava bom, tinham vários minhoqueiros , mas estava ruim para as duas partes.
Segundo tempo, e ai veio ah loucura Luiz Fernando sempre ele cruzou na cabeça do lateral Jorginho. Bola branca na cabeça preta, cabeceada perfeita de cima para baixo, o goleiro não poderia fazer nada. Diabo 1 a 0.
Gritei gol como nunca na orelha daqueles malditos que estavam na minha frente.
Bom ai o América se fechou e o Corinthians veio pra cima de forma desorganizada.
Logo em uma jogada de bola parada, o zagueiro Anderson empatou para o time da Capital. E o pessoal da minha frente tirando altas fotos.
E o América foi como um trator pra cima do Corinthians. Bola na trave, zagueiro tirando debaixo do travessão. Quando de repente aos 39 do segundo tempo o volante Wellington tocou para Luiz Fernando que bateu, cirurgicamente no canto esquerdo do Fábio Costa.
Meu Deus que loucura, começou uma festa Rubra e Branca no Teixeirão. Vi que não era apenas eu que estava engasgado, e sim toda uma torcida que sofria ah anos.
Luiz Fernando fez um lindo embala Nenê com os braços, sua filha tinha nascido e ele não escondia de ninguém que tinha nascido em Rio Preto e que era futura americana.
Fim de jogo e festa total, amigos aquele dia foi um título!
O pessoal que estava na minha frente sumiu e os Americanos que restavam gritavam
Ao Ao Ao Segunda Divisão. Voltamos  a briga para nos classificarmos no G4 (depois fomos vergonhosamente roubados em pelo Canindé contra a Portuguesa). Já o Corinthians  a história vocês já conhecem, perdeu para a Lusa Santista e o Grafite o salvou de um rebaixamento.
Depois de toda festa, era hora de voltar pra casa, nesse momento eu passei muito medo, em jogos nunca senti tanto. Tinha que ir para a Nossa Senhora da Paz subindo a rua de trás do Teixeirão enquanto Corintianos puto da vida iriam  descendo em sentindo a represa .
Estava com a camisa do América no corpo e não tinha mais nada, respirei fundo e fui. Xingando em pensamento pois passavam nego com 2 metros de altura por 2 de comprimento, se alguém me pegasse seria meu fim.
Enfim passei no meio de um monte de manos, quietinho na boa. Cheguei a avenida tive que esperar um pouco até meu tio ir me buscar.
Quando me senti seguro dentro do carro comecei a gritar feito um louco.

Chupa Gambás no Teixeirão quem manda é o América seus otários, voltando para casa ainda tive tempo de zuar um que estava na rua era a minha vingança. Minha vingança não, minha e do América.


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