terça-feira, 29 de outubro de 2013

América leva o Palmeiras para o baile no Teixeirão

2005 foi um ano inesquecível para a torcida Americana, afinal foi o ultimo campeonato da elite em que fizemos uma belíssima campanha.
O time não começou bem mas foi se acertando com o tempo contra os grandes uma derrota esquisita contra o Corinthians na estreia do Tevez. Até hoje não acho que foi pênalti. Contra o São Paulo no Teixeirão o Rubro vendeu caro a derrota Finazzi meteu gol pra cima do Tricolor. Uma derrota por 4 a 3 mas com 3 gols do Finagol. E contra o Santos na Vila foi um jogaço um 3 a 3 de tirar o fôlego o time do Santos tinha acabado de ser campeão brasileiro no final do jogo fizemos o treinador Osvaldo Oliveira cair no Santos.
Bom faltou um time “grande” né ?
Depois do jogo contra o Santos pegaríamos o Palmeiras no Teixeirão. E o time tava jogando o fino da bola. Cheiro de vitória no ar. Fui ao campo com a certeza dela e uma vitória contra um time “grande” é sempre comemorada por mim como um título.
Tinha meus 19 anos e naquela Quarta-Feira a noite peguei um ônibus e fui pro Teixeirão.
Bom ao contrário de outros jogos eu não fui a caráter com o uniforme do Diabo. Estava sozinho e como teria que voltar pra casa em um ônibus sozinho não me arrisquei muito, fui apenas com uma camisa vermelha.
Chegando ao Teixeirão vou comprar meu ingresso e me deparo com uma coisa estranha, a torcida do América teria que entrar no gol dos fundos. Fiquei meio cabreiro mas tinha que ir. E lá fui eu dar a volta no Teixeirão. No meio do caminho um vendedor pelo jeito torcedor do Palmeiras. Veio me intimidar falando que meu time era uma merda que seria fácil. Não abri a boca, tinha outros palmeirenses passando mas guardei a boca do sujeito.
Entrando no estádio me acomodei e coisas muito estranhas acontecem lá dentro. Você faz amizade fácil com uma pessoa que você sequer viu na vida. E aquele dia ficamos conversando eu, mais um senhor com seu filho sobre o time do América.
Logo o time entrou em campo, o juiz era Edilson Pereira de Carvalho aquele que se sujeitou a vender partidas, e engraçado que aquela foi a primeira e com certeza a mais fácil de sua vida. Afinal de contas estava começando o Baile.
Logo de cara um cruzamento pela esquerda e Paulo Santos abriu o placar.
Foi impressionante como o América jogava fácil a partida toques precisos boas jogadas, o Palmeiras parecia um timeco da 5 divisão sendo presa fácil pro Rubro.
Logo mais Danilinho naquela correria louca foi derrubado na área. Pênalti com P maiúsculo. Finazzi converteu e fez 2 a 0 América.
O Palmeiras diminuiu com Osmar.
Logo no final do primeiro tempo o Sr Edílson Pereira fez uma baita bobagem, em uma falta que sequer era pra cartão. Ele pegou o cartão amarelo e deu para o Chicão (Sim o que jogou muito tempo no Corinthians e hoje está no Flamengo) logo em seguida ele sacou o vermelho e o expulsou. Um cara que nem tinha levado amarelo tomou o vermelho pelo segundo amarelo? Ah fiquei puto!
Mas o baile foi interrompido, final de primeiro tempo. Um jogo tão fácil mas nós com um atleta a menos? Comecei a ficar preocupado!
E se teve uma hora que o Palmeiras jogou melhor foi no começo do segundo tempo, mas sem muita pressão logo André Cunha foi expulso bem na minha frente. Com numero igual de jogadores dentro do campo o América novamente mandou na partida.
Em uma bela enfiada de bola do Finazzi o Lairson recebeu e driblou o goleiro Sérgio, um golaçoooo. Ai meu amigo foi festa total no Teixeirão.
Para terminar a noite de gala no Teixeirão  mais um gol do Mecão e esse acompanhado a gargalhada onde estávamos. O angolano Jhonson praticamente deitou pra cabecear uma bola pro gol. Final de jogo 4 a 1 pro América, fora todo o baile.
Ah antes de ir pegar o ônibus e ir embora pra casa, lembra do vendedor que falei? Tava na saída com uma puta cara de merda vendendo as coisas para o nosso torcedor. Cheguei perto no meio da muvuca e gritei, que facilidade em porco toma de quarto ai agora e sai correndo rindo da cara do infeliz.

Lógico que o ônibus pra voltar tava cheio de Palmeirenses fiz uma cara de velório. Mas logo no terminal desci do ônibus e um cara me perguntou quanto tinha sido o jogo. Falei o resultado e o cara abriu um sorriso de orelha a orelha. Eu também. Foi a maior alegria, foi um baile.


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