terça-feira, 29 de outubro de 2013

América leva o Palmeiras para o baile no Teixeirão

2005 foi um ano inesquecível para a torcida Americana, afinal foi o ultimo campeonato da elite em que fizemos uma belíssima campanha.
O time não começou bem mas foi se acertando com o tempo contra os grandes uma derrota esquisita contra o Corinthians na estreia do Tevez. Até hoje não acho que foi pênalti. Contra o São Paulo no Teixeirão o Rubro vendeu caro a derrota Finazzi meteu gol pra cima do Tricolor. Uma derrota por 4 a 3 mas com 3 gols do Finagol. E contra o Santos na Vila foi um jogaço um 3 a 3 de tirar o fôlego o time do Santos tinha acabado de ser campeão brasileiro no final do jogo fizemos o treinador Osvaldo Oliveira cair no Santos.
Bom faltou um time “grande” né ?
Depois do jogo contra o Santos pegaríamos o Palmeiras no Teixeirão. E o time tava jogando o fino da bola. Cheiro de vitória no ar. Fui ao campo com a certeza dela e uma vitória contra um time “grande” é sempre comemorada por mim como um título.
Tinha meus 19 anos e naquela Quarta-Feira a noite peguei um ônibus e fui pro Teixeirão.
Bom ao contrário de outros jogos eu não fui a caráter com o uniforme do Diabo. Estava sozinho e como teria que voltar pra casa em um ônibus sozinho não me arrisquei muito, fui apenas com uma camisa vermelha.
Chegando ao Teixeirão vou comprar meu ingresso e me deparo com uma coisa estranha, a torcida do América teria que entrar no gol dos fundos. Fiquei meio cabreiro mas tinha que ir. E lá fui eu dar a volta no Teixeirão. No meio do caminho um vendedor pelo jeito torcedor do Palmeiras. Veio me intimidar falando que meu time era uma merda que seria fácil. Não abri a boca, tinha outros palmeirenses passando mas guardei a boca do sujeito.
Entrando no estádio me acomodei e coisas muito estranhas acontecem lá dentro. Você faz amizade fácil com uma pessoa que você sequer viu na vida. E aquele dia ficamos conversando eu, mais um senhor com seu filho sobre o time do América.
Logo o time entrou em campo, o juiz era Edilson Pereira de Carvalho aquele que se sujeitou a vender partidas, e engraçado que aquela foi a primeira e com certeza a mais fácil de sua vida. Afinal de contas estava começando o Baile.
Logo de cara um cruzamento pela esquerda e Paulo Santos abriu o placar.
Foi impressionante como o América jogava fácil a partida toques precisos boas jogadas, o Palmeiras parecia um timeco da 5 divisão sendo presa fácil pro Rubro.
Logo mais Danilinho naquela correria louca foi derrubado na área. Pênalti com P maiúsculo. Finazzi converteu e fez 2 a 0 América.
O Palmeiras diminuiu com Osmar.
Logo no final do primeiro tempo o Sr Edílson Pereira fez uma baita bobagem, em uma falta que sequer era pra cartão. Ele pegou o cartão amarelo e deu para o Chicão (Sim o que jogou muito tempo no Corinthians e hoje está no Flamengo) logo em seguida ele sacou o vermelho e o expulsou. Um cara que nem tinha levado amarelo tomou o vermelho pelo segundo amarelo? Ah fiquei puto!
Mas o baile foi interrompido, final de primeiro tempo. Um jogo tão fácil mas nós com um atleta a menos? Comecei a ficar preocupado!
E se teve uma hora que o Palmeiras jogou melhor foi no começo do segundo tempo, mas sem muita pressão logo André Cunha foi expulso bem na minha frente. Com numero igual de jogadores dentro do campo o América novamente mandou na partida.
Em uma bela enfiada de bola do Finazzi o Lairson recebeu e driblou o goleiro Sérgio, um golaçoooo. Ai meu amigo foi festa total no Teixeirão.
Para terminar a noite de gala no Teixeirão  mais um gol do Mecão e esse acompanhado a gargalhada onde estávamos. O angolano Jhonson praticamente deitou pra cabecear uma bola pro gol. Final de jogo 4 a 1 pro América, fora todo o baile.
Ah antes de ir pegar o ônibus e ir embora pra casa, lembra do vendedor que falei? Tava na saída com uma puta cara de merda vendendo as coisas para o nosso torcedor. Cheguei perto no meio da muvuca e gritei, que facilidade em porco toma de quarto ai agora e sai correndo rindo da cara do infeliz.

Lógico que o ônibus pra voltar tava cheio de Palmeirenses fiz uma cara de velório. Mas logo no terminal desci do ônibus e um cara me perguntou quanto tinha sido o jogo. Falei o resultado e o cara abriu um sorriso de orelha a orelha. Eu também. Foi a maior alegria, foi um baile.


terça-feira, 23 de julho de 2013

O dia mais feliz da minha vida!

Alô Americanos
Postagem especial em comemoração aos 14 anos do jogo da minha vida.
Não poderia deixar passar uma crônica dessa né?
Dia 22 de julho de 1999 o dia começou a mil, a maior adrenalina afinal era a minha primeira final com o América.
E o dia nasceu com o tempo fechado um pouco de garoa mas nada deixava de me animar.
Aqueles dias São José do Rio Preto respirava e vivia o América.
11 da matina e começa o programa da manhã de esportes que escutava na Centro América o repórter Machado Fernandez já estava a postos no hotel que o América estava. Era um hotel em Tanabi de onde sempre vinha o ônibus e os torcedores vinham em uma linda carreata  rumo ao Teixeirão.
Fim do programa começa o SPTV na antiga TV Progresso e o tema qual era? América Futebol Clube. Foi o programa inteiro falando da expectativa da grande final, o primeiro jogo empatamos em Campinas com a Ponte Preta por 0 a 0. Era apenas mais um empate para sermos campeões.
Eu na maior adrenalina com o jogo e minha vizinha me convida aquela tarde para assistirmos um filme no cinema no shopping, eu ela e minha irmã. Juro que nem lembro que filme era pois não conseguia esquecer o jogo.
Eu queria logo é ir pro estádio!!!
Voltamos para casa e tomei aquele banho, me vesti todo de vermelho e esperei meu tio para irmos ao Teixeirão.
Paramos logicamente naquele nosso “bate-local” sempre que meu tio estacionava ali o América não perdia.
Chegamos lá cedo 7 da noite e já tava bem cheio, em uma hora o estádio estava completamente lotado.
Não ah palavras para descrever a torcida aquela noite. Parecia que toda a cidade e região estavam dentro do Teixeirão. Nem em jogos de time grande lotou daquela forma.
A bandeira que tínhamos rodou de mão em mão o estádio inteiro, era de lado de ponta cabeça enfim foi um espetáculo.
Chegou a hora do combate, do jogo da minha vida e a festa que foi feita foi linda, coisa de arrepiar. Fogos por todos os lados e dentro do campo uma fileira deles até uma imagem de Jesus no centro do gramado. Foi lindo demais.
Mas tínhamos a Ponte Preta pela frente e não era qualquer time.
Tinha o goleiro Alexandre Favaro, tinha Paulão  de zagueiro o novato Fábio Luciano, Mineiro de volante , o sempre bom Vander no meio e um atacante rápido novato, um tal de Fabiano que anos depois virou o Luis Fabiano.
Nessa hora já não me sentia mais a adrenalina já tinha tomado o meu corpo de uma forma tão grande. A bola começou a rolar e como foi sofrido, foram uns 10 minutos de puro nervosismo mas de muita alegria. Olas na galera a torcida cantando e literalmente balançando o Teixeirão.
O primeiro tempo não teve muitas emoções exceto um pênalti claro em cima do Roberto Carlos. Não marcado pelo juiz. Um absurdo.
Os times foram ao intervalo, foi quando tivemos um pouco de sossego pra tomar um ar. Tenho a impressão que aqueles foram os 15 minutos de intervalo mais longo de minha vida. O tempo não passava.
Enfim os times vieram a campo e o futebol melhorou, principalmente da Ponte. Depois de 3 jogadas de linha de fundo Julinho de cabeça sozinho fez o gol da Ponte.
Foi um balde de água na cabeça Ponte 1 x 0 América.
Foram 7 minutos de agonia, que passou todo o campeonato da a2 na minha cabeça, que tínhamos jogado o fino da bola contra times que anos mais a frente seriam vencedores como o São Caetano, Santo André a própria Ponte que tínhamos vencido na 1 fase em Campinas.
Mas seguia aquela esperança pois vi o time reagir muitas vezes principalmente na fase final.
Agora vem uma jogada na cabeça, 14 anos se passaram e ela continua intacta.
O Mineiro caiu pelo lado direito em uma dividida com o jogador do América a bola saiu para escanteio. O Mineiro começou a fazer cera, quando o lateral Paulo Cesar que fez um campeonato fraquinho o pegou colocou na maca e tirou do campo.
O mesmo Paulo Cesar bateu a bola o escanteio perto da meia lua da grande área e estava lá Zambiasi. Ele cabeceou com o a ponta da cabeça e a bola foi pro gol.  Em uma indecisão do goleiro Alexandre e o zagueiro Fabio Luciano a bola entrou.
A partir daí não vi mais nada vi o gol mas não vi comemoração sai abraçando quem via na minha frente e as lágrimas começaram a rolar. Sabe aquele filme que contei, voltou a passar na cabeça e me senti a pessoa mais feliz de toda a terra, em ver aquele time maravilhoso com aquela campanha fantástica.
O jogo precisava acabar e bola pro Marcinho que começou fazer aquela correria de sempre.
O Teixeirão pulsava ao som de é Campeão.
O jogo terminou e começou a maior festa em campo, jogadores dando a famosa volta olímpica torcedores se abraçando, foi um campeonato muito difícil com um acesso ganhado na raça e o título também. Na raça de Zambiasi ,Jean Elias e Reginaldo. No esforço de Gilson, Guilherme e Luis Carlos. Na genialidade de Fumagalli, Marcinho e Luiz Fernando. Na frieza do Roberto Carlos e no amor do capitão América o nosso eterno goleiro Sergio.
Um brinde aos campeões de 1999.

22 de julho de 1999 ainda tenho impressão que o dia mais feliz da minha vida ainda não acabou!



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Uma grande vitória com gosto de título.

Fala galera Americana!
Venho primeiramente agradecer a todos que veem  visualizando esse meu blog sobre histórias do nosso Mecão.
Hoje vou contar uma, é um dos meus jogos preferidos, que quando vencemos foi um título para o América .
O Jogo é América x Corinthians em 2004.
Antes que alguém venha falar, ah mas você torce pelo Corinthians. Sim também torço mas não é sequer 1% do mesmo amor que sinto pelo América. Alias trocaria todos os  campeonatos que o time venceu esses últimos anos só pra ver nosso Rubro na elite.
Enfim o campeonato começou arrasador , tenho ele nesta postagem  http://sempreamerica.blogspot.com.br/2013/05/uma-estreia-arrasadora-com-uma-profecia.html
O América foi derrotado aquele ano pelo São Paulo no Teixeirão com 2 gols do Luis Fabiano e chegou a penúltima rodada com 8 pontos, junto com o Corinthians.
Esse jogo era delicado, quem perdesse estaria lutando na ultima rodada pelo rebaixamento no grupo.
Lógico que o Corinthians e sua torcida jamais pensariam isso e sequer cogitavam essa hipótese.
E minha raiva pelo Corinthians vinha de muito tempo. Afinal de contas eu nunca tinha visto o Mecão ganhar deles. Inclusive um ano antes, fomos derrotados por eles no Teixeirão por 3 a 2 com um caminhão perdido de gols pelo Jales. Aquele dia perdemos a classificação para as quartas de final, o time era muito bom, mas falhou feio aquele dia.
O América não vencia o Corinthians desde 1984 foi uma vitória por 1 a 0  no Pacaembu e o Rubro tinha acabo de quebrar uma sequência de 15 jogos sem vencer o Corinthians.
20 anos se passaram por está vitória.
Bom eu estava confiante aquela tarde de domingo, foi meu primeiro clássico sem ninguém em minha companhia. Afinal de contas aquele ano  o ingresso do Paulistão tinha subido 100% e estávamos pagando na época 20 reais a inteira. Em 2004 esse preço era um absurdo.
Meu tio me levou de carro e combinamos depois de nos encontrarmos na avenida Nossa Senhora da Paz na hora de ir embora.
Cheguei ao estádio com minha camisa do Mecão e aquele monte de Gaviões, torcida essa que eu odeio com todas as minhas forças. A nossa torcida não perdoou antes do jogo ao som de “Puta que legal a Gaviões se fudeu no Carnaval” a torcida tinha acabado de ser rebaixado no carnaval.
 Mas fui lá paguei meus R$ 10,00  e subi a rampa para entrar no estádio. Detalhe, eu fui na maior cara de pau pois só tinha essa grana, sorte que a mulher que estava vendendo ingressos era do América e viu minha cara de cachorro que caiu da mudança.
Sentei no meio da arquibancada no meio do sol, e o dia tava quente como sempre. Fábio Costa veio se aquecer no gramado e a torcida o ovacionava, enquanto nosso goleiro Gustavo era pouco observado.
Os times vieram a campo e ai veio a primeira surpresa, o América jogando de branco. Os torcedores tradicionalistas ficaram loucos, onde se viu jogar com a camisa reserva, mas isso obrigava o Corinthians a jogar de preto. Vamos combinar o calor de Rio Preto é um inferno.
Times em campo logo percebi um monte de Corinthians infiltrados no meio da torcida, na minha frente tinha uma mãe com dois adolescentes um deles com a camisa do Corinthians. Esse me deixou maluco, mas como estava sozinho resolvi ficar quieto.
Roberval Davino armou uma arapuca para o Corinthians, 3 volantes e 3 zagueiros incluindo o eterno Lau e a volta do Lairson artilheiro do time no Campeonato.
Já Osvaldo de Oliveira resolveu mudar o time, colocando Rincón e Gil na armação e na frente Jô hoje do Atlético MG e Bobô;
Jogo foi bem pegado, o América com seu esquema pouco atacava e o Corinthians com um time péssimo em campo. Fim do primeiro tempo, tive que escutar o Sr Fábio Costa, aquele frangueiro reclamar do gramado do Teixeirão. Que de fato não estava bom, tinham vários minhoqueiros , mas estava ruim para as duas partes.
Segundo tempo, e ai veio ah loucura Luiz Fernando sempre ele cruzou na cabeça do lateral Jorginho. Bola branca na cabeça preta, cabeceada perfeita de cima para baixo, o goleiro não poderia fazer nada. Diabo 1 a 0.
Gritei gol como nunca na orelha daqueles malditos que estavam na minha frente.
Bom ai o América se fechou e o Corinthians veio pra cima de forma desorganizada.
Logo em uma jogada de bola parada, o zagueiro Anderson empatou para o time da Capital. E o pessoal da minha frente tirando altas fotos.
E o América foi como um trator pra cima do Corinthians. Bola na trave, zagueiro tirando debaixo do travessão. Quando de repente aos 39 do segundo tempo o volante Wellington tocou para Luiz Fernando que bateu, cirurgicamente no canto esquerdo do Fábio Costa.
Meu Deus que loucura, começou uma festa Rubra e Branca no Teixeirão. Vi que não era apenas eu que estava engasgado, e sim toda uma torcida que sofria ah anos.
Luiz Fernando fez um lindo embala Nenê com os braços, sua filha tinha nascido e ele não escondia de ninguém que tinha nascido em Rio Preto e que era futura americana.
Fim de jogo e festa total, amigos aquele dia foi um título!
O pessoal que estava na minha frente sumiu e os Americanos que restavam gritavam
Ao Ao Ao Segunda Divisão. Voltamos  a briga para nos classificarmos no G4 (depois fomos vergonhosamente roubados em pelo Canindé contra a Portuguesa). Já o Corinthians  a história vocês já conhecem, perdeu para a Lusa Santista e o Grafite o salvou de um rebaixamento.
Depois de toda festa, era hora de voltar pra casa, nesse momento eu passei muito medo, em jogos nunca senti tanto. Tinha que ir para a Nossa Senhora da Paz subindo a rua de trás do Teixeirão enquanto Corintianos puto da vida iriam  descendo em sentindo a represa .
Estava com a camisa do América no corpo e não tinha mais nada, respirei fundo e fui. Xingando em pensamento pois passavam nego com 2 metros de altura por 2 de comprimento, se alguém me pegasse seria meu fim.
Enfim passei no meio de um monte de manos, quietinho na boa. Cheguei a avenida tive que esperar um pouco até meu tio ir me buscar.
Quando me senti seguro dentro do carro comecei a gritar feito um louco.

Chupa Gambás no Teixeirão quem manda é o América seus otários, voltando para casa ainda tive tempo de zuar um que estava na rua era a minha vingança. Minha vingança não, minha e do América.


sábado, 29 de junho de 2013

O Gigante adormeceu.

11 de abril de 2007,vai ser uma data lembrada por torcedores do América assim como 28 de janeiro de 1946.
Aquele dia assistimos o último jogo do América na elite do futebol paulista. E pelo jeito nunca mais veremos o América de volta a esse lugar tão glorioso que ocupou 43 vezes.
Era o jogo do novo século para o América, pelos resultados tínhamos condições sim de conseguirmos escapar com uma vitória dentro de casa contra um total desmantelado time do Ituano.
Me lembro daquele dia, fui a banca e comprei o Jornal Lance, na internet e no jornal fazia várias contas possíveis para o América escapar do rebaixamento.
Brigavam ferrenhamente 3 times, São Bento, América e Sertãozinho.
O São Bento já estava condenado, pegava o Palmeiras, que brigava pela classificação com o Bragantino. Já o Sertãozinho pegava a Ponte Preta do Finazzi em Campinas.
Era necessário apenas uma vitória em casa.
Só que ai você via a tabela e via 6 derrotas consecutivas o time que tinha 2% de chance de rebaixamento que até chegou a brigar por uma vaguinha nas semifinais do interior tinha se perdido.
O presidente Zanirato tinha abandonado o barco, estava com “Depressão”  escondido em um sítio da cidade. Seus diretores da mesma forma competentes como ele contrataram o Luis Carlos Ferreira o Ferreirão, ou Franguinho pelos Rio-Pretenses.
Isso porque o anterior treinador Heriberto Cunha abandonou o time lá em São Paulo depois de derrota para o Corinthians, enfim um barco afundado.
Mesmo assim fui ao Teixeirão confiante com uma tabela na mão e um fone de ouvido pra escutar o jogo, confiante demais que iríamos escapar.
Bom chegando ao estádio em horário pouco habitual jogo as 21:45 da noite, horário ridículo pra quem assiste futebol no estádio. O América começou muito bem.
Marcio Barros e o zagueiro Matheus  fizeram 2 gols  pelo América, o time ganhando de 2 a 0, estava tudo dando certo, o time mostrando um futebol mediano muito melhor que o Ituano. Acabou o primeiro tempo e os resultados dando certo. Comecei a ficar mais aliviado afinal de contas não estávamos mais caindo.
Assisti esse jogo atrás do gol de entrada do Teixeirão, onde vi todos os gols do primeiro tempo e onde assistiria todos os gols do segundo.
O Ituano voltou diferente para o segundo tempo, nem parecia aquele time desinteressado do primeiro tempo, acesso logo tratou de descontar. Lógico que a mala preta por parte do Sertãozinho tinha rolado.
E ai começou o sofrimento, foi ataque contra defesa, o América foi sufocado sem dó pelo Ituano. O Rubro não conseguia reagir. O Ferreirão gritava com os jogadores, pelo numero pois não sabia sequer o nome deles.
E ai entrei em desespero, depois em choque não acreditando no que via mais. Não sentia mais emoção não sentia mais nada.
Aos 42 do segundo tempo a bola bate em um jogador de defesa e entra devagar como uma ultima punhalada de misericórdia.
Não dava tempo para mais nada. O América perdeu o jogo e foi rebaixado. Lembro do Ferreirão xingando o goleiro Adson. Lembro do time saindo de campo a câmera ligada na cara de cada um. Eu apenas deitei na arquibancada e vi tudo rodar. Eu não estava acreditando, na hora veio na cabeça que era alguma mentira ou que iríamos nos safar no tapetão.
Bom fui embora 1 da manhã do Teixeirão, cheguei em casa tomei um banho e deitei na cama.
Meu mundo caiu e comecei a chorar. Como chorei no outro dia, como choro até hoje.

Dia 11 de abril de 2007, o Gigante do interior adormeceu.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Uma estreia arrasadora com uma profecia.


Uma estreia arrasadora.

Bom mais uma vez eu estava na estreia do América no Paulistão, o ano era 2004.
O América começava o campeonato montado pelo Roberval Davino, que já havia passado em 2003 no América com sucesso. (Ele assumiu no lugar do pipoqueiro do Edu Marangon e foi campeão do torneio da morte).
Alguns jogadores ficaram da Copa Estado de São Paulo de 2003 e o resto o Roberval fez aquele belo catado que fazia em todo o Brasil para trazer jogadores.
Alguns jogadores como os experientes goleiro Gustavo que jogou muito tempo no Rio Branco, o rodado volante Lau, sempre presente nas passagens do Roberval por aqui , o meio campo Luiz Fernando que voltou ao América depois de uma passagem pelo Figueirense e um tal de Lairson.
Time montado em sua totalidade em apenas 20 dias.
Enfim uma Quarta Feira a noite, chuvosa, chegava até fazer um certo frio coisa atípica para janeiro em nossa cidade.
Meu tio veio me buscar para irmos ao estádio, olhamos o tempo com certo receio mas mesmo assim fomos ao Teixeirão.
Chegamos ao estádio com aquela ansiedade, afinal de contas além de estrear no campeonato contra o tradicional Juventus, não sabíamos da força do time do Rubro dentro de campo.
Sentamos na arquibancada de entrada no Teixeirão, com aquela chuvinha e um vento frio. Meu tio olhou o placar que haviam montado no Teixeirão, virou para mim e profetizou:
- Hoje vai ser 5 x 1 pro América.
Na hora dei risada na cara dele, mas disse que concordava.
Na minha cabeça jamais pensaria em um chocolate daqueles logo no inicio do campeonato.
E começou o jogo, aquele nervosismo mas o América com uma postura melhor.
Logo o time marcou, o Luiz Fernando bateu , o goleiro Willians ex América rebateu e lá estava um muleque chamado Lairson para fazer o gol de estreia do Rubro.
Pena que não durou muito tempo, o Juventus empatou minutos depois.
Mas ainda no primeiro tempo o América foi aos vestiários na frente, outro gol do Lairson.
Segundo tempo como era nosso costume fomos atrás do outro gol do Teixeirão, o dos fundos. Mania que pegamos em 98 de assistir o jogo onde o time atacava.
E lá vimos o 3º gol do América, adivinhem de quem?
Lairson!
Só que nesse gol ele saiu machucado e só voltou no penúltimo jogo contra o Corinthians (Esse jogo vale uma postagem muito especial).
E lá foi o 4ª gol com Leandro Almeida, que tinha acabado de entrar no lugar do próprio Lairson.
Bom vocês lembram do começo da postagem? Em que eu ri da cara de meu tio?
Pois é a chance era real, e o América continuava a atacar o Juventus.
Quando ao final do jogo, não me lembro quem mas o América fez os 5 x 1 profetizados pelo meu tio.
Enquanto todos gritavam gol normalmente, eu e meu tio pulávamos abraçados,  e ninguém entendia absolutamente nada.
Não era possível que nós tínhamos acabado de ver.
Em uma estreia de campeonato o América golear, terminar a primeira rodada logo na liderança do Paulistão com o artilheiro o Lairson e pra matar a profecia dos 5 x 1 acabava de se cumprir em nossa frente.
Fomos embora molhados no velho fusquinha do meu tio. Mas fomos para casa em uma felicidade muito louca. 



quarta-feira, 15 de maio de 2013

Apenas um sonho....


Olá galera!

Bom vamos a primeira postagem, agora valendo.
Poderia começar falando sobre o Birigui. Afinal de contas ele foi o maior Americano que já pisou nessa terra.
Mas  quero guardar para mais tarde.
Quero falar da nossa primeira casa o Mário Alves Mendonça.
Não sei exatamente a primeira vez que pisei lá dentro, afinal de conta meu tio sempre me levava aos jogos, não tenho aquela primeira vez.  Sei apenas que era muito criança quando comecei a frequentar o Mário Alves Mendonça o MAM.
Mas tenho guardadas em minha mente grandes lembranças do estádio. Tive o grande prazer em sentar em todos os lugares do MAM. Das cadeiras cativas até a arquibancada tomando aquele belo sol de Rio Preto em calorosos domingos há tarde.
A torcida do América sempre foi muito exigente, acho que a maioria das torcidas é assim, naquela época que para mim foi uma época de ouro, queríamos um América ainda maior. Não apenas campeão do Interior como em 1994 e sim Campeão Paulista. Sonho esse que guardo em meu coração até os dias de hoje. Afinal de contas Até o Ituano foi campeão porque não o meu Mecão?
Muitos atestam que o América começou a degringolar depois que saiu do MAM. Discordo totalmente. O América começou a acabar com o fim da era Benedito Teixeira no time. Deixou uma pessoa incapaz de tocar o time. Essa pessoa todos nós sabemos quem é.
Enfim falei sobre tudo isso pois eu tenho um sonho que nunca na minha vida compartilhei com ninguém.
Gostaria muito que o América voltasse a ter um estádio como nosso antigo Caldeirão.
Apesar de hoje ser a minha segunda casa o Teixeirão sempre tem aquela coisa de time grande, suas arquibancadas com cores nada a ver com nosso América. Hoje sequer ter o nome do Benedito Teixeira lá.
O Teixeirão hoje é apenas um enorme campo de futebol qual já tive muito orgulho de ser o “dono”. Mas com as novas Arenas não temos mais o porque de estar lá.
Meu sonho é uma utopia, sei disso. Mas se um dia no América tivesse gente capacitada, que realmente ame o Rubro, que não tenha segundas intenções. Gostaria muito de que alguma empresa comprasse o Teixeirão, hoje uma área nobre na cidade.
Com a grana daria pra fazer um estádio muito parecido com o nosso antigo, só que muito moderno. Aquele Caldeirão fervente. Onde o Diabo mandava. Onde realmente poderíamos fazer uma grande pressão nos adversários.
Antes dos jogos poderíamos passear em um museu com coisas dos antigos estádios e times, passar horas antes do jogo em sua lojinha e ficar babando em suas camisas.
Mas como disse é apenas um sonho uma utopia. Com os atuais dirigentes o América acabaria isso sim.
Não sei se é apenas saudosismo de minha parte no nosso antigo estádio o América era muito forte. Com jogadores de raça e coragem.
Sei apenas que gostaria de “entrar” no “MAM” outra vez.



Para Sempre América....


Bom agora começo um projeto que tinha em mente ha algum tempo.
Lançar um blog na internet.
A ideia inicial era fazer um blog sobre as coisas que penso, vivo e sinto. Tinha um blog sobre isso mas resolvi apagar.
Minha ultima ideia que venho amadurecendo esses últimos tempos é postar sobre coisas do América Futebol Clube meu time de coração.
Não vou postar nada do presente do América e sim do passado e tudo que vivi nesses mais de 20 anos de torcedor do Mecão.
Times, jogos, jogadores, excursão e situações que envolvem o América e a minha pessoa.
Não vou ligar para o numero de visualizações, quando terminar ou resolver parar, quero ter orgulho de tudo aquilo que já escrevi.
Desde já agradeço a todos.